
Há várias “espécies” de bicho-homem que vivem no mar, os que vivem em navios, os que velejam, os que moram em plataformas e outros tipos, mas o bicho-homem que tem mais contato com o mar, aquele que munido apenas de uma pequena “plataforma” de resina e fibras de vidro, de fato entra no mar e sente a água salgada escorrer pelo corpo (e pela alma). É uma espécie conhecida como surfista.
Normalmente reconhecidos por seus cabelos parafinados, queimados de sol, pela pele bronzeada, pelas roupas características, e por um dialeto quase próprio, essa espécie pode ser encontrada em qualquer litoral do mundo. Em Santos, encontramos principalmente no canal 3 e no quebra-mar.
A relação entre o surfista e o mar vai além de um habitat, de ser apenas “mais um lugar”, a relação desses dois pode ser traduzida para um conceito simples: paixão. O sentimento de ligação que existe entre os dois é mais forte que muitas relações existentes por aí. Basta presenciar uma cena em que ele, o bicho-homem surfista, contempla o mar para saber que naquele olhar está a tradução de admiração, prazer e dependência.
Sim, existe a dependência boa e quem entra no mar e consegue ficar em pé na prancha, deslizando pelas ondas dificilmente vai querer outra diversão ou estilo de vida.O fato é que esse amor recíproco entre homem e mar começou há milhares de anos e tende a durar para sempre. Porque simplesmente depois que há a primeira ligação, a primeira onda surfada, é quase impossível desligar-se da sensação indescritível de ter o mar a seus pés ou de ter o mar acolhendo-o em um grande tubo.
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Um comentário:
matei minha vontade de surfar nesse são joão... ai ai...
simplesmente amo esse blog!
olha, o cinta foi atualizado com o segundo conto:D
da uma passada la se puder;**
http://cinta-a-liga.opvs.org/
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