Muito se fala em estilo de vida, mas ser surfista vai mais além. Em tempos em que o homem desrespeita e destrói a natureza, o surfista se apaixona, a cada dia, pelo mar. E como todo apaixonado é insano, o surfista não poderia ser diferente.
Misturado com restos de lixo e esgoto, o surfista entra no mar impróprio para banho. Verdadeira aventura: ficar de pé na prancha e deslizar sobre a onda com a boca fechada e os lábios cerrados para não tomar um caldo e engolir a água suja. Caldo verde, esverdeado; envenenado.
Mas deixemos a parte triste do amor para lá. Falaremos das inúmeras sensações boas que esse sentimento pode oferecer.
Lá está o surfista, atravessando cada onda, remando cada vez mais forte para vencer o mar agitado. A cada onda ultrapassada, o surfista se fortalece. Cada encontrão do surfista com o mar equivale a um abraço. E o surfista segue remando incansavelmente, até chegar ao ponto em que o abraço não é mais suficiente. O ponto em que só passam as melhores ondas, o outside.
Resta esperar. Sozinho, em cima da prancha, o pequenino surfista observa a imensidão do oceano e sente que o momento mágico se aproxima. O chacoalhar do mar avisa que a onda se aproxima. O surfista pega fôlego e teme desapontar o oceano que, ele tem certeza, torce para que tudo dê certo.
E lá vem a ondulação, se aproximando, ficando maior e mais forte, formando a onda. O surfista rema como se apostasse uma corrida com ela, se debruça sobre a prancha e sente o contato. Ah, como é imponente! È hora de levantar. Ficar de pé e ver a praia se aproximar. Sente o mar. Sente a onda que agora, de tão brava, é espumante.
Cai da prancha, mergulha no mar e engole água salgada. Um beijo doce quando o mar está limpo, uma traição quando a água é suja. De qualquer forma, sempre será um beijo roubado e sempre será inesperadamente mágico para o surfista.
“O mar tem um significado especialíssimo na minha vida. E esse significado está profundamente relacionado ao movimento de suas ondas e aos meus em cima (e embaixo) delas.” (PENSADOR, Gabriel. Diário Noturno, 2007)
“Eu sou o oceano
Atlético e Atlântico
Pacífico e Romântico
Sou peixe voador”
(Mais um trecho do livro Diário Noturno, do Gabriel, O Pensador. Recomendo para todos que admiram o surfe e a boa poesia)
Misturado com restos de lixo e esgoto, o surfista entra no mar impróprio para banho. Verdadeira aventura: ficar de pé na prancha e deslizar sobre a onda com a boca fechada e os lábios cerrados para não tomar um caldo e engolir a água suja. Caldo verde, esverdeado; envenenado.
Mas deixemos a parte triste do amor para lá. Falaremos das inúmeras sensações boas que esse sentimento pode oferecer.
Lá está o surfista, atravessando cada onda, remando cada vez mais forte para vencer o mar agitado. A cada onda ultrapassada, o surfista se fortalece. Cada encontrão do surfista com o mar equivale a um abraço. E o surfista segue remando incansavelmente, até chegar ao ponto em que o abraço não é mais suficiente. O ponto em que só passam as melhores ondas, o outside.
Resta esperar. Sozinho, em cima da prancha, o pequenino surfista observa a imensidão do oceano e sente que o momento mágico se aproxima. O chacoalhar do mar avisa que a onda se aproxima. O surfista pega fôlego e teme desapontar o oceano que, ele tem certeza, torce para que tudo dê certo.
E lá vem a ondulação, se aproximando, ficando maior e mais forte, formando a onda. O surfista rema como se apostasse uma corrida com ela, se debruça sobre a prancha e sente o contato. Ah, como é imponente! È hora de levantar. Ficar de pé e ver a praia se aproximar. Sente o mar. Sente a onda que agora, de tão brava, é espumante.
Cai da prancha, mergulha no mar e engole água salgada. Um beijo doce quando o mar está limpo, uma traição quando a água é suja. De qualquer forma, sempre será um beijo roubado e sempre será inesperadamente mágico para o surfista.
“O mar tem um significado especialíssimo na minha vida. E esse significado está profundamente relacionado ao movimento de suas ondas e aos meus em cima (e embaixo) delas.” (PENSADOR, Gabriel. Diário Noturno, 2007)
“Eu sou o oceano
Atlético e Atlântico
Pacífico e Romântico
Sou peixe voador”
(Mais um trecho do livro Diário Noturno, do Gabriel, O Pensador. Recomendo para todos que admiram o surfe e a boa poesia)
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