08 julho, 2009

Tempero do surf

“Mar, doce Lar”

Habitat salgado que adoça minha vida. Líquido sagrado que me batiza a cada mergulho. Muitas vezes já me perguntei como seria surfar em água doce, em como seria o mar se fosse doce. Sempre chego à conclusão de que o mar doce deixaria o surf mais insosso, as vacas (caldo) menos dolorosas.

Os olhos não arderiam tanto, a água penetrando, indesejada, pela garganta, não provocariam ânsia de vômito. Mas a onda seria menos espumante e a adrenalina de se manter em pé em cima da prancha seria menor. O sol não bronzearia tanto a pele e um dia de surfe não teria o sabor especial que tem.

Agradeço todos os dias por ter o mar salgada aos meus pés. Agradeço por ser caiçara. Porque muitas vezes vi reportagens, na televisão, a respeito de pessoas que, com 90/100 anos , nunca conheceram o mar. E eu, que não me lembro de não ter o mar como aliado. Não lembro de não conhecer o gosto do mar. Acho até que fui batizado com água do mar. (rs)

O mar tem um significado pra mim que poucos compreenderiam, mas todos admirariam

Aloha
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