O dia hoje de manhã estava bem feio para quem queria ir à praia pegar aquele bronzeadinho, mas estava muito bom para quem foi correr na 2ª etapa do Circuito Santista de Surf 2010. Tempo feio, ondas mais bonitas, campeonato mais disputado. Por isso o circuito atraiu público para o Quebra-Mar de Santos.
O circuito ainda está rolando por isso não vamos falar de resultados agora aqui. Vamos falar de personagens, nada de Salazar, Araña, ou qualquer profissional que já tem a estrelinha dourada brilhando no peito. Vamos falar de um menininho que já figurou aqui e que hoje teve a primeira experiência profissional, com apenas sete anos de idade.
Vini Leme, começou cedo a vida esportiva, aos três anos de idade se aventurava no skate da irmã mais velha. Aos cinco anos de idade um amigo do pai dele levou o menino para “brincar” de pegar onda e se surpreendeu com a habilidade que Vini tinha em cima de uma prancha. A partir daí Vini começou a surfar e não parou mais.
Ele chegou a participar de duas competições na Escola de Surf Daniks Fischer, na primeira ficou em terceiro e na segunda agarrou o primeiro lugar. Mas hoje o dia era diferente, Vini Leme enfrentou o primeiro – de muitos, esperamos – circuito de surf profissional da vida.
O menino não teve medo e mostrou que tem grande futuro com a prancha nos pés. Em média cinco anos mais novo que seus adversários, Vini mostrou que não está para brincadeira quando o assunto é surf, por pouco ele não se classificou para a bateria seguinte, manteve-se em segundo lugar por quase toda a bateria, mas faltando menos de cinco minutos para acabar, foi ultrapassado em apenas uma onda e acabou com o terceiro lugar.
Vini contou que gosta de ser o mais novo a competir e que isso não o assusta, pelo contrário, ele acredita que surfa melhor que muitos meninos mais velhos. O sonho dele é ser surfista profissional e ganhar a vida surfando.
Ele já surfou em Santos, São Vicente e Juqueí, mas o lugar mais especial que espera surfar ainda não recebeu Vini nas ondas: “Eu queria ir para Waikiki (praia de Honolulu, no Havaí), lá as ondas são pequenas de um metro mais ou menos e eu posso ir antes de crescer muito”. Perguntado quando seria a data ideal para ir, Vini Leme responde rápido, “Esse ano”.
Quem mais incentiva o pequeno Vini a surfar é o pai, Afonso Parra, que sempre que pode o leva à praia para praticar o surf e mostra ao filho vários filmes para o garoto se espelhar e aperfeiçoar manobras.
Um menino de sete anos normal, que vai à escola, joga bola, videogame e se diverte brincando, a diferença é que Vini já sabe muito bem o que quer da vida e parece ter um futuro brilhante.
A primeira vez de um pioneiro
Assim como Vini, que estreava em campeonatos profissionais, Miguel Jorge fez sua estreia no Circuito Santista de Surf hoje, porém, ele tem 40 anos a mais que o menino.
Surfista desde os 14 anos, Miguel havia participado de uma competição apenas uma vez em um circuito universitário. Apesar de não se tornar surfista profissional, ele nunca deixou o surf de lado, primeiro foi shapper, largou o trabalho para ser engenheiro e gerente de uma metalúrgica, mas não resistiu e voltou ao surf. Hoje em dia ele é revendedor de matérias-primas para a fabricação de pranchas.
Miguel nunca tinha pensado em competir, mas um amigo o inscreveu no campeonato e ele caiu na água competindo pela primeira vez em 30 anos de surf. Não conseguiu passar pela primeira bateria, mas a experiência valeu a pena. Ele disse que talvez possa se inscrever nos próximos campeonatos.
Boa sorte aos dois iniciantes de hoje.
Fotos: Camila Alvarez
Aloha!
Notícias Relacionadas:
Nenhum comentário:
Postar um comentário